Logo quando fui encontrado por Jesus, Ele me mandou pra Rua.
A Rua era logo ali, colada na calçada da minha casa. Era a minha Jerusalém, o meu Bom Jardim*. E assim começou a minha IDA.
Lembro de como esse início moldou o meu interior e o meu entendimento sobre a missão. Para a minha alegria, o Senhor colocou as pessoas certas no meu caminho, pessoas simples, que andavam de ônibus e que, inclusive, fizeram dos ônibus também uma Jerusalém.
Como isso fez a diferença na minha caminhada: perceber que eu poderia ir, sem precisar sair de onde eu estava. Como fez diferença entender que se começa em Jerusalém, e depois, naturalmente, Judéia e os demais lugares chegam.
Se alguém me dissesse, lá no começo, que um dia eu iria visitar outros países e morar em outro lugar, vivendo do evangelho, acho que eu riria disso, porque nunca foi uma meta. Eu simplesmente FUI. Como disse Antônio Machado, poeta espanhol, o meu ir fez o caminho. Mas não que o IR tenha feito o caminho, O CAMINHO já estava lá, traçado, escrito, estabelecido. Só que minha finitude não era capaz de ver o amanhã.
Então agora, escrevendo de forma correta - e que me perdoe Antônio Machado - o meu ir MOSTROU O CAMINHO. Ou ainda, O CAMINHO me mostrou que eu deveria IR.
O "ser missionário" não é um cargo, status, momento etc. O ser missionário é uma eterna construção. Não dá para querer ser em outros lugares e não ser aqui.
Um conselho que eu dou para aqueles que almejam viver essa vida é que: VIVAM. Agora mesmo, inclusive.
A ordem dada em Atos é bem pedagógica. Só comece a IR, comece pela Jerusalém. Quem obedece em Jerusalém, obedecerá em qualquer lugar.
E quando você for, O CAMINHO será clareado, e O CAMINHO te conduzirá.
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*Bairro da periferia de Fortaleza/CE, cidade do Márcio.
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