Quem somos

Fidelidade e Compaixão: A abordagem da Cru a questões LGBT

Introdução

 

A Cru existe para ajudar a cumprir a Grande Comissão, ganhando, edificando e enviando no poder do Espírito Santo e ajudando o corpo de Cristo a fazer evangelismo e discipulado.

Atualmente, encontramos uma grande variedade de questões relacionadas à sexualidade e ao gênero. Essas questões são complexas e pessoais. Como seguidores de Cristo, queremos navegar pelas questões LGBT de uma forma que siga o que a Bíblia nos chama a fazer em todos os sentidos.

Para isso, queremos seguir o chamado das Escrituras para amar, sendo compassivos com as pessoas e fiéis ao que a Bíblia diz sobre como os cristãos devem conduzir seus corpos e mentes em santidade quando se trata de sexualidade e gênero.

 

O Ensino Bíblico sobre a Sexualidade Humana

 

O que se segue é um resumo do ensino bíblico (e da Cru) sobre sexualidade e gênero.  A ordem segue, em linhas gerais, o enredo da Bíblia (criação, queda, redenção e nova criação).

  • Macho e Fêmea: Acreditamos que Deus criou a humanidade, à sua imagem, como homem e mulher (Gn 1:27; 5:1–2). A distinção macho/fêmea representa um aspecto da "bondade"da criação original de Deus (Gn 1:31). Abraçamos a bondade da diferença sexual que Deus criou, vivendo distintamente como homem e mulher, o que inclui o uso de pronomes que se alinham com nosso sexo biológico.
  • Dois caminhos dignos: Acreditamos que Deus, como criador da sexualidade, nos convida a receber esse dom em pureza e santidade ( Ex 20:14; Mt 5:27-30; 1 Ts 4:3-8). As Escrituras nos chamam à pureza sexual por meio de um de dois caminhos igualmente dignos: a prática da solteirice fiel (Is 56:3b-5; Mt 19:11,12) ou a prática do casamento fiel entre um homem e uma mulher (Gn 2:24; Mt 19:4-6; Ef 5:22-33). As relações sexuais só devem ser praticadas no contexto do casamento.
  • A Queda: A Queda não apenas colocou todo ser humano sob o julgamento divino (Rm 5:16-18), mas também resultou na corrupção da natureza humana (Ef 2:1-3; Rm 3:9-18). Todos os aspectos de nossa constituição humana - inclusive a sexualidade humana - foram corrompidos pelos efeitos devastadores do pecado. Embora os efeitos específicos da Queda variem de pessoa para pessoa e de cultura para cultura, todos nós estamos corrompidos (Rm 3:10-12). Todo pecado sexual tem sua raiz na desordem de nossos desejos resultante da Queda (Rm 1:24-25; Tg 1:14-15).
  • Atração por pessoas do mesmo sexo: Acreditamos que a atração por pessoas do mesmo sexo é contrária ao projeto de Deus para a sexualidade humana. Ela representa uma desordem do desejo sexual em nossa condição decaída, que não é moralmente neutra nem boa. Do ponto de vista do discipulado, também acreditamos que todos os seguidores de Cristo, inclusive aqueles que sentem atração por pessoas do mesmo sexo, precisam de incentivo, apoio e amor à medida que caminham no poder do Espírito Santo e lutam contra a tentação (Gl 6:2).

  • Disforia de gênero: Deus nos projetou, homens e mulheres, para experimentarmos plenitude e integridade em vez de uma alienação de nós mesmos. Algumas pessoas sentem uma incongruência entre a percepção que têm de si mesmas como homem ou mulher e seu sexo biológico. Essa incongruência costuma ser profundamente dolorosa e é vivenciada como um tipo de alienação do próprio corpo. Essa alienação deve ser entendida como um efeito da corrupção resultante da Queda.
  • Redenção e crescimento: Por meio de sua vida, morte e ressurreição, Jesus Cristo traz redenção a todas as áreas da vida, inclusive a sexualidade. Pela dádiva da confissão e do arrependimento, fundamentados na obra de Jesus Cristo, podemos ser perdoados. Todos os seguidores de Cristo, pela habitação do Espírito Santo, são ordenados e capacitados a abandonar o pecado e abraçar a justiça. 

A atração por pessoas do mesmo sexo deve ser abordada na vida do crente da mesma forma que abordamos todos os outros aspectos da carne que estão em oposição à vontade de Deus para nossa vida. Pedimos a Deus que nos livre da tentação e nos dê poder sobre ela (1 Co 10:13). Para aqueles que sofrem de disforia de gênero, vir a Cristo pode, com o tempo, proporcionar alguma mudança e cura nessa experiência. Entretanto, para outros santos fiéis, a experiência de disforia de gênero pode persistir por toda a vida. Pela graça de Deus, podemos confiar em Cristo para caminhar conosco em meio a essa experiência.

Queremos incentivar cada discípulo a entender e falar cada vez mais sobre si mesmo de forma consistente com sua nova vida em Cristo e com o poder e a presença do Espírito Santo. Convidamos todos aqueles a quem ministramos a colocar cada aspecto de sua vida sob o senhorio de Cristo, inclusive sua sexualidade.

  • Entendendo os tempos: Por um lado, fomos renovados. Como Paulo explica: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2Co 5:17). Ao mesmo tempo, ainda vivemos em um mundo caído no qual lutamos contra o pecado e a tentação. A plenitude da salvação nos aguarda no futuro, quando Cristo voltar. No presente, ainda experimentamos a tentação, o pecado, o sofrimento e a morte enquanto aguardamos o retorno de nosso salvador, Jesus Cristo (Tt. 2:11-14). No entanto, podemos esperar com confiança o crescimento em obediência alegre ao caminharmos humildemente com Cristo. Além disso, como uma comunidade cheia do Espírito, podemos, juntos, buscar em Cristo o Seu poder, enquanto apoiamos e incentivamos uns aos outros nesse crescimento com graça e verdade, buscando o arrependimento e o perdão.

 

Conclusion

 

Como portadores da imagem de Deus, os seres humanos possuem dignidade, honra e valor concedidos por Ele. Perguntas sobre sexualidade e gênero estão sendo feitas por pessoas que carregam a imagem de Deus e que devem ser tratadas com dignidade, independentemente de suas crenças sobre sexualidade.

Todos nós somos pecadores e merecemos condenação. Nossa necessidade universal de misericórdia, graça, honra e reconciliação nos torna iguais perante o Senhor. Como seguidores de Jesus, queremos que nossos relacionamentos sejam marcados pela graça e pela verdade (Ef 4:15), livres tanto da acusação mútua quanto da condescendência com os pecados uns dos outros. Nossa capacidade de estender a graça flui da experiência da graça que Deus estendeu a nós (Ef 3:14-19; 4:32-5:2), bem como da capacitação do Espírito Santo (At 1:8; 4:31).

Ao construirmos relacionamentos e confiança com pessoas que se identificam como LGBT+, queremos fazer de Jesus Cristo - e não da sexualidade - a questão central. Que os portadores de imagens de todas as nações venham a conhecer o amor e o poder transformador de nosso Senhor e Salvador!

 

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